VIDA FAZ JUS AO NOME QUE TEM MAIS UMA VEZ, SOBREVIVENDO A MAIS UMA!
Vida, nossa cachorrinha que foi atropelada e abandonada na estrada para morrer. Também por erro médico por arrogância e ganância, foi condenada à paralisia. Não lembra da história dela? Relembre! Vida foi atropelada em setembro e ficou paralítica, sem controle da eliminação da urina, tendo que ser realizada mecanicamente.
Em novembro ela foi diagnosticada com sua primeira infecção urinária. Foi tratada com antibiótico de primeira escolha, mas não foi feita a investigação correta e tratamento correto. Fizemos uma matéria especial sobre infecções urinárias. Veja!
Com isso, em dezembro observamos novamente sangue na urina. Sabíamos que era infecção urinária e que deveríamos procurar o veterinário. Mas a evolução foi muito rápida! Na mesma noite ela reclamou muito de dor, se mexia muito, gemia. Vomitou muitas vezes. Achei que o vômito e a reclamação era por qualquer outro motivo, não por causa da infecção urinária. Não achei que evoluiria tão rápido assim. E vômito não é um sintoma clássico de infecção urinária. Tentei cuidar do vômito. Mas ela vomitou muito e muitas vezes. Foi isso que me levou com urgência ao hospital.
Lá ela fez ultrassonografia, hemograma e exame de urina. A urina estava com muito sangue!
Como a infecção era óbvia, iniciou-se o antibiótico mesmo sem os resultados dos exames laboratoriais. A ultrassonografia e exame clínico bastava para o início do tratamento. Iniciou-se com remédios para enjoo, vomito e o antibiótico oral.
Voltamos para casa e ela não melhorou. Vomitou sangue no dia seguinte e não comeu mais! Voltamos ao hospital e a médica adicionou outro antibiótico só que por via intravenosa. Ela ficou internada. Para quem ficou 1 mês internada logo após o acidente, ela não reagiu muito bem ao fato de ter que ficar internada novamente. Nem nós. E nem tínhamos dinheiro para isso.
Após o período no hospital, como ela não vomitou novamente e permaneceu estável (e não tínhamos dinheiro!), ela pôde ir para casa mas tivemos que voltar ao hospital nos 3 dias subsequentes para administração do antibiótico na veia. Já no segundo dia ela estava bem melhor!
Após esses 3 dias, a médica autorizou que a tutora dela fizesse a administração do antibiótico por via subcutânea – que é bem mais fácil – em casa mesmo. Ela não curtiu muito ser furada todos os dias, não…
Ao todo, foram 10 dias de tratamento com antibiótico oral, injetável, antiinflamatório, protetor gástrico, tratamento para úlcera (porque ela vomitou sangue), regenador de cartilagem (para cicatrização do estomago e bexiga), remédio para dor, outro para vômito e enjoo. Além dos remédios que ela já toma por conta da paralisia: remédio para dor articular, estimulador do sistema nervoso e inibidor de convulsões (ela teve algumas convulsões por devido à dor da lesão na coluna).
Depois dos 10 dias, o resultado da cultura e antibiograma saiu e descobrimos que a bactéria causadora da infecção (que era bem grave!) era resistente ao antibiótico oral que estávamos utilizando. Por isso a importância de se fazer cultura e antibiograma! O que foi discutido na matéria sobre infecção urinária. Se não tivéssemos feito, continuaríamos com o mesmo tratamento e ela não melhoraria. Ou melhoraria e a infecção voltaria posteriormente muito mais forte.
Mudamos o antibiótico. Ela ficou por mais 20 dias com ele e, depois de 1 semana repetiu-se os exames para ter certeza da cura. Mais uma vez Vida fez jus ao nome que tem!